17 junho 2008

Se arrependimento matasse...


Bem que Glória me avisou. Eu não tinha nada que falar sobre o assunto da porta aberta. Não desconfiava do tamanho do vespeiro em que estava metendo a mão. Fui chamado de ranzinza, insensível, desviante e portador de “neura de psicólogo”. Teve até uma coisa mais séria, o relato da mãe e da irmã de uma amiga muito querida que foi jogada para fora de um táxi aos quatro anos de idade, por causa de uma porta mal fechada.
Não sabia que estava criticando uma instituição nacional tão consolidada. E olha que já falei mal do PT, dos católicos, dos protestantes, até do Créu e a respectiva bunda da mulher melancia. Nunca recebi tanto e-mail em protesto quanto agora.
De qualquer forma, é bom saber que as pessoas se interessam pelo que escrevo. Melhor ainda é ver uma opinião minha ser criticada com respeito e carinho, mostrando a boa vontade de muitos em acolher um pensamento que foge à unanimidade.
Claro que continuo achando que a má fé e a hipocrisia costumam se esconder por trás de certos comportamentos estereotipados. Mas se alguém notar qualquer porta do meu carro mal fechada e minha neta Gabriela estiver lá dentro, me avise, pelo amor de Deus.

Imagem obtida em gatocomvertigens.blogs.sapo.pt

2 comentários:

Jaldes Reis de Meneses disse...

Hi, Ronaldo, como sempre um texto bem escrito de frases curtas, cortantes. Sobre abrir e fechar portas, sua crônica me fez recordar um curto poema de Jorge Salomão, musicado por Adriana Calcanhotto, chamado "Sudoeste", que diz assim:

...tenho por princípios
Nunca fechar portas
Mas como mantê-las abertas
O tempo todo
Se em certos dias o vento
Quer derrubar tudo?...

Abraços, Jaldes.

Rayssa Souza disse...

Oww meu querido professor, como é bom ler o que escreves, que saudade... daria tudo para voltar a encntrá-lo uma vez na semana e escutar seus ensinamentos, como eles têm me servido e como tenho precisado deles!!! um abração a você e a sua doce família