Enquanto físicos, filósofos, psicanalistas e poetas não chegarem a um acordo a respeito do tempo, vamos sempre ter problemas ao falar dele. Ontem mesmo, conversando com Glória a respeito da idade de uma apresentadora de televisão, lembrei que a cara antiga dela era bem diferente da nova cara que víamos agora na televisão. Vejam bem, neste pequeno exemplo, a confusão que dá falar do tempo. A cara de antigamente era de uma pessoa nova. É, portanto, uma cara velha. A cara nova é a cara de uma mulher sábia e rodada, que se apresenta como novidade.
Perde-se no passado a cara nova que um dia já tivemos. Emerge da velha pele a nova cara que o tempo nos fabrica. Se gostamos ou não da nova cara, se aceitamos ou não a novidade, não é problema do tempo. O operário silencioso molda nossas máscaras à nossa revelia. E vinga-se dos que tentam mascarar o seu trabalho. A todos nós, sujeitos passivos do tempo, resta o trabalho de contemplar a cada dia as novidades que o espelho nos revela.
Perde-se no passado a cara nova que um dia já tivemos. Emerge da velha pele a nova cara que o tempo nos fabrica. Se gostamos ou não da nova cara, se aceitamos ou não a novidade, não é problema do tempo. O operário silencioso molda nossas máscaras à nossa revelia. E vinga-se dos que tentam mascarar o seu trabalho. A todos nós, sujeitos passivos do tempo, resta o trabalho de contemplar a cada dia as novidades que o espelho nos revela.
Imagem obtida em blogdajetx.blogs.sapo.pt
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