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Deixa cair a noite,
cair sereno
o olhar sem fome
de seda e âmbar.
Aprende a ver sem esforço
o que a névoa quer te mostrar.
Deixa ficar no escuro
o que não queira
virar lembrança.
Deixa a memória
fazer escolhas.
Deixa o tempo brincar de esconder.
Deixa minar a prata,
arcar os ombros,
riscar as rugas,
dançar os nervos.
Testemunhas das carícias do tempo no teu corpo.
Deixa de presente a madrugada
aos novos feixes de luz e voz
que aprenderam contigo a caminhar.
Fica nesta noite que começa
em ondulações de luz e sombra
curiosas de te conhecer.
2 comentários:
Ai, eu adoro essa poesia!! A foto casou impressionantemente, hein?!
Lindo, tu!!
"Deixa de presente a madrugada
aos novos feixes de luz e voz
que aprenderam contigo a caminhar."
muito lindo isso.
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