05 novembro 2008

A Cidade de Lau Siqueira










O troar dos tambores do urso, a doçura da flauta e dos pés dos caboclinhos, as ondas suaves da ciranda, o atávico gingar da capoeira e a dança nervosa das ruas louvam ao cidadão Lau Siqueira.


Todas as tribos, todas as vozes livres da Cidade das Acácias vieram acolher o homem que veio das lhanuras de um país sem fronteiras mostrar que as fronteiras não existem.

E ao nome de homem que lembra o ódio e a morte, por certo a Cidade escolherá este outro. O nome do poeta que junta os amantes, combate as misérias do corpo e da alma e constrói um futuro em que música, dança e poesia andem nas ruas de mãos dadas com a gente.

E por um tempo que os relógios não marcam, música dança e poesia habitaram a Câmara Municipal da Cidade de Lau Siqueira. E fomos todos cidadãos de Lau Siqueira, uma cidade feita de palavras e gestos de amor e solidariedade.




Texto sentido
Para Lau Siqueira










Um tênue manto envolve a pele do poeta.
Tecido de palavras ditas e a dizer,
esconde o corpo do poeta à cobiça da morte.
Engodo inconsútil,
finge proteger das asperezas do mundo
mostrando-se flagelo de enigmas
claros e escuros.
O poeta não vê,
não ouve,não cheira,não tateia
nem sente sabor.
O poeta sofre o peso do seu manto
e dele suga as palavras
que matam a sua fome de sentido.
Ronaldo Monte
08.11.2007

2 comentários:

Lau Siqueira disse...

Se outra vez vc me fizer chorar tanto, como agora, não falo mais com vc. rsrs
Obrigado, Rona, amigo. Nós somos filhos das nossas emoções.
Um beijão em vc e Glorinha, duas pessoas imensas desta Cidade de Acácias e Jambeiros...

Márcia Maia disse...

Lindos e mais que merecidos, não?
Beijos nos meus dois amigosqueridíssimos.