O troar dos tambores do urso, a doçura da flauta e dos pés dos caboclinhos, as ondas suaves da ciranda, o atávico gingar da capoeira e a dança nervosa das ruas louvam ao cidadão Lau Siqueira.
Todas as tribos, todas as vozes livres da Cidade das Acácias vieram acolher o homem que veio das lhanuras de um país sem fronteiras mostrar que as fronteiras não existem.
E ao nome de homem que lembra o ódio e a morte, por certo a Cidade escolherá este outro. O nome do poeta que junta os amantes, combate as misérias do corpo e da alma e constrói um futuro em que música, dança e poesia andem nas ruas de mãos dadas com a gente.
E por um tempo que os relógios não marcam, música dança e poesia habitaram a Câmara Municipal da Cidade de Lau Siqueira. E fomos todos cidadãos de Lau Siqueira, uma cidade feita de palavras e gestos de amor e solidariedade.
Texto sentido
Para Lau Siqueira
Um tênue manto envolve a pele do poeta.
Tecido de palavras ditas e a dizer,
esconde o corpo do poeta à cobiça da morte.
Engodo inconsútil,
finge proteger das asperezas do mundo
mostrando-se flagelo de enigmas
claros e escuros.
O poeta não vê,
não ouve,não cheira,não tateia
nem sente sabor.
O poeta sofre o peso do seu manto
e dele suga as palavras
que matam a sua fome de sentido.
Ronaldo Monte
08.11.2007
2 comentários:
Se outra vez vc me fizer chorar tanto, como agora, não falo mais com vc. rsrs
Obrigado, Rona, amigo. Nós somos filhos das nossas emoções.
Um beijão em vc e Glorinha, duas pessoas imensas desta Cidade de Acácias e Jambeiros...
Lindos e mais que merecidos, não?
Beijos nos meus dois amigosqueridíssimos.
Postar um comentário