Passei boa parte da vida escutando que a ocasião faz o ladrão. Até que um dia alguém me disse que não, a ocasião apenas põe o ladrão em frente ao objeto a ser roubado. Para que haja o roubo, é preciso que o ladrão já exista, pelo menos em potencial. Uma outra frase que não roubo, mas peço emprestado ao autor que desconheço, diz ser mentira que o poder corrompa. Ele apenas revela o corrupto que alcança o poder.
Acreditar que a ocasião faz o ladrão e que o poder corrompe a qualquer um que o exerça é aceitar que dentro de cada um de nós dormem um ladrão e um corrupto esperando ser despertados assim que encontrarmos uma velhinha distraída ou um cargo de faxineiro em qualquer prefeitura do interior.
Por mais que os fatos queiram me provar o contrário, não creio que todo político seja ladrão. E se todos os políticos fossem ladrões, isto não quer dizer que todos os cidadãos deste País sejam ladrões.
Não vou recorrer aos exemplos edificantes de pessoas simples que encontram malas de dinheiro e as devolvem a seus donos. As pessoas comuns não precisam de grandes exemplos para ser boas. Alguma coisa interna orienta suas condutas em função do respeito ao próximo e ao bem comum. E não é por obediência a um preceito moral, como os mandamentos que proíbem matar ou roubar. É algo mais sólido, como o imperativo que exige que a conduta de qualquer um possa servir de modelo à conduta de todos.
Não, a ocasião não faz o ladrão, nem todo poder corrompe. Ladrões e corruptos existem antes de qualquer ocasião ou poder. O que os faz ladrões e corruptos é um impulso, uma fome que os leva a procurar os objetos mais expostos ao roubo e os cargos mais propícios à corrupção. Nós, as pessoas comuns, devemos estar atentos a estas e outras figuras de retórica dos ladrões e corruptos que nos querem fazer pensar que somos iguais a eles.
Acreditar que a ocasião faz o ladrão e que o poder corrompe a qualquer um que o exerça é aceitar que dentro de cada um de nós dormem um ladrão e um corrupto esperando ser despertados assim que encontrarmos uma velhinha distraída ou um cargo de faxineiro em qualquer prefeitura do interior.
Por mais que os fatos queiram me provar o contrário, não creio que todo político seja ladrão. E se todos os políticos fossem ladrões, isto não quer dizer que todos os cidadãos deste País sejam ladrões.
Não vou recorrer aos exemplos edificantes de pessoas simples que encontram malas de dinheiro e as devolvem a seus donos. As pessoas comuns não precisam de grandes exemplos para ser boas. Alguma coisa interna orienta suas condutas em função do respeito ao próximo e ao bem comum. E não é por obediência a um preceito moral, como os mandamentos que proíbem matar ou roubar. É algo mais sólido, como o imperativo que exige que a conduta de qualquer um possa servir de modelo à conduta de todos.
Não, a ocasião não faz o ladrão, nem todo poder corrompe. Ladrões e corruptos existem antes de qualquer ocasião ou poder. O que os faz ladrões e corruptos é um impulso, uma fome que os leva a procurar os objetos mais expostos ao roubo e os cargos mais propícios à corrupção. Nós, as pessoas comuns, devemos estar atentos a estas e outras figuras de retórica dos ladrões e corruptos que nos querem fazer pensar que somos iguais a eles.
Imagem obtida em www.fraudes.org/images/bassotto2a.jpg
2 comentários:
‘‘Não, a ocasião não faz o ladrão, nem todo poder corrompe.”
É só olhar para a nossa cidade e ver Ricardo Coutinho multiplicando o orgulho, o prazer e o sentimento de pertença, que cada cidadão tem, agora, desse chão e dessa terra.
Interessante essas revisitações de ditados. Até porque, ladrão que rouba ladrão garante 100 anos de Mensalão.
Beijo recitado!
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