14 setembro 2008

O mal da inveja




Faz muito tempo que um amigo meu me advertiu: “olha cara, aqui em João Pessoa, o melhor parâmetro para se medir o sucesso de uma pessoa é a quantidade de invejosos que falam mal dela. Te cuida, pois já começaram a ter inveja de você”.
Esta advertência me veio à cabeça durante o lançamento dos dois livros de Tarcísio Pereira, quarta-feira passada, no bar do Teatro Santa Roza. O pobre do autor quase pediu desculpas pelo duplo lançamento. Sabia que iam falar mal dele pelos dois romances editados pelo Fundo de Incentivo à Cultura, do Governo do Estado.
Não é de hoje este pendor de Tarcísio para provocar a ira dos invejosos. Teve um ano em que ele publicou, de uma tacada só, doze peças de teatro. Caíram em cima do rapaz, chamando-o de prolixo e ambicioso, dentre outras coisas que deixaram arregalados os seus olhos infantis (como os olhos de um bandido).
Claro que ainda não li os novos romances de Tarcísio, O homem que comprou a rua e O sacrifício dos anjos. Mas talvez deixe que eles furem a fila, pois conheço a prosa do autor desde Agonia na tumba, de 1993. Gosto muito de tudo que ele escreve.
O que eu quero que Tarcísio Pereira saiba é que seus leitores não esperam dele qualquer pedido de desculpas pela sua capacidade de produção. O que não vamos desculpar é que seus livros fiquem dormindo no fundo da gaveta, ou num canto perdido de um HD.

Quando Tarcísio veio na minha casa me dar a honra de apresentar sua novela Uma noite no céu, em 2006, me falou que tinha mais quatro romances prontos esperando publicação. Juro por Deus que não senti nenhuma inveja. Principalmente porque achei que era mentira.
Imagem obtida em releitura.wordpress.com

Um comentário:

VaneideDelmiro disse...

Ronaldo, caríssimo Ronaldo.
Você e suas tiradas... Rsrsr
Fiquei curiosa para conhecer o autor.
Abraço saudoso!