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Para Lau Siqueira
Um tênue manto envolve a pele do poeta.
Tecido de palavras ditas e a dizer,
esconde o corpo do poeta à cobiça da morte.
Engodo inconsútil,
finge proteger das asperezas do mundo
mostrando-se flagelo de enigmas
claros e escuros.
O poeta não vê,
não ouve,
não cheira,
não tateia
nem sente sabor.
O poeta sofre o peso do seu manto
e dele suga as palavras
que matam a sua fome de sentido.
Ronaldo Monte
08.11.2007
Um comentário:
Pois é...
Acabo de ler "Texto Sentido", do Lau: Excelente!
*CC*
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