Não vamos desistir ainda. Por mais tenebrosas que sejam as notícias sobre os nossos semelhantes, vamos agüentar mais um pouco. Mesmo que um delegado de polícia diga na televisão que o ser humano está ficando cada vez pior. E ele entende do assunto, vive o dia-a-dia da violência e do desamparo.
Se me perguntarem o porquê desta recaída de esperança, eu não vou saber responder. No fundo, é mais um desejo de que já tenhamos tocado no fundo do poço e agora só nos caiba voltar à tona da onde nos espera a luz da racionalidade.
É urgente que tomemos o caminho da razão. Pois somente ele poderá nos levar à construção da solidariedade. Por uma questão muito simples: a solidariedade não é um atributo natural do ser humano. Ela precisa ser construída a partir do instrumento da racionalidade.
Diferente dos outros animais, o ser humano abandonou o cuidado com a preservação da sua espécie, prendendo-se narcisicamente aos laços com os que lhe são imediatamente iguais: a família, o território, a cor da pele, a etnia, a classe social. O que não lhe for semelhante, torna-se um estrangeiro, um outro a ser afastado ou destruído.
Narcisismo é o nome da doença do homem contemporâneo. É impressionante o esforço que se faz para não sair deste círculo ilusório de conforto e segurança. Tudo o que nos forçar abandonar este lugar será visto como ameaçador. Deve, portanto, ser destruído. Qualquer coisa que reforce a nossa permanência neste cubículo fechado de nós mesmos será recebida com prazer. Daí as drogas, daí as gangues, daí as torcidas organizadas prontas para matar o portador da camisa do time adversário.
Sei que as notícias, vindas da mídia ou das conversas na cozinha, tendem a reforçar cada vez mais a nossa descrença no ser humano. Mas vamos agüentar mais um pouco. Só mais um pouco. Aqui e ali surgem notícias de grupos de pessoas trabalhando contra a corrente narcísica. Tem gente preocupada com o destino do planeta, com o destino das pessoas. Vamos acreditar só mais um pouco que a humanidade é um processo de construção coletiva. E que ainda há tempo para ajudarmos nesta construção.
Imagem: José Luiz Landeira. Obtida em Blog Em Dia Com a Cidadania.
Se me perguntarem o porquê desta recaída de esperança, eu não vou saber responder. No fundo, é mais um desejo de que já tenhamos tocado no fundo do poço e agora só nos caiba voltar à tona da onde nos espera a luz da racionalidade.
É urgente que tomemos o caminho da razão. Pois somente ele poderá nos levar à construção da solidariedade. Por uma questão muito simples: a solidariedade não é um atributo natural do ser humano. Ela precisa ser construída a partir do instrumento da racionalidade.
Diferente dos outros animais, o ser humano abandonou o cuidado com a preservação da sua espécie, prendendo-se narcisicamente aos laços com os que lhe são imediatamente iguais: a família, o território, a cor da pele, a etnia, a classe social. O que não lhe for semelhante, torna-se um estrangeiro, um outro a ser afastado ou destruído.
Narcisismo é o nome da doença do homem contemporâneo. É impressionante o esforço que se faz para não sair deste círculo ilusório de conforto e segurança. Tudo o que nos forçar abandonar este lugar será visto como ameaçador. Deve, portanto, ser destruído. Qualquer coisa que reforce a nossa permanência neste cubículo fechado de nós mesmos será recebida com prazer. Daí as drogas, daí as gangues, daí as torcidas organizadas prontas para matar o portador da camisa do time adversário.
Sei que as notícias, vindas da mídia ou das conversas na cozinha, tendem a reforçar cada vez mais a nossa descrença no ser humano. Mas vamos agüentar mais um pouco. Só mais um pouco. Aqui e ali surgem notícias de grupos de pessoas trabalhando contra a corrente narcísica. Tem gente preocupada com o destino do planeta, com o destino das pessoas. Vamos acreditar só mais um pouco que a humanidade é um processo de construção coletiva. E que ainda há tempo para ajudarmos nesta construção.
Imagem: José Luiz Landeira. Obtida em Blog Em Dia Com a Cidadania.
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