Sono de pedra
no leito do rio.
Sonho da pedra:
Enigma Ingá.
Como quero te arrancar
das entranhas desta rocha.
Quanto desejo o recado
marcando lugar e hora
do encontro com teu sentido.
Antes da história
alguém me amava
e escreveu esta carta para mim.
Afago a letra da pedra
e encontro o calor antigo
das mãos do antigo poeta.
Enigma Ingá.
Carta de amor
aberta.
Impenetrável.
De Tecelagem Noturna (2000)
Um comentário:
Essa poesia é uma saudade universal do que não vivemos, uma homenagem ao que não pudemos conhecer. Bom de reler
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